R 7 – TEXTO DE AUGUSTO NUNES
Lula namora na ilha que ama
De férias em Cuba, o ex-presidente pode passear nas ruas sem ser vaiado
Em 1º de janeiro de 1961, quando os guerrilheiros vitoriosos entraram na capital de Cuba, havia uma ditadura a desmontar, prostitutas demais em Havana e uma economia dependente da cana-de-açúcar.
Passados 61 anos, há em Cuba uma ditadura comunista a derrubar, prostitutas demais em Havana e uma economia que depende da monocultura da cana. A história nem sempre se repete como farsa. Pode ser uma reprise mais angustiante da tragédia anterior.
Conheci Cuba em 1987. Nunca mais quis repetir a dose. Sete dias por lá bastaram para constatar que não há valor maior que a liberdade.
Que as deformações sociais podem e devem ser eliminadas sem a supressão do estado democrático de direito.
Que governantes fantasiados de homens providencias são apenas patéticos.
Que a vida numa ditadura é uma sequência de perdas e renúncias, impostas pelo Estado onisciente, onipotente e onipresente.