ISTOÉ
É inacreditável lançar candidatura na porta de uma penitenciária, diz Alckmin
Geraldo Alckmin durante encontro com lideranças em Contagem (MG) (Crédito: Divulgação)
O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, concentrou nesta quarta-feira, 12, ataques ao agora confirmado presidenciável do PT, Fernando Haddad.
Durante campanha em Minas Gerais, com passagem por Contagem e Betim, o tucano classificou como “inacreditável” o fato de a candidatura do ex-prefeito de São Paulo ter sido confirmada “na porta de uma penitenciária”, onde está o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Operação Lava Jato.
Lula está detido na sede da Polícia Federal de Curitiba desde o dia 7 de abril. A entrada de Haddad na disputa foi confirmada nessa terça-feira, 11, na capital paranaense.
“O PT ficou escondendo o Haddad. Agora vai ter que se apresentar como candidato e explicar 13 milhões de desempregados, porque isso não começou hoje. É herança do PT, quem quebrou o País foram eles. O PT não tem limites para chegar ao poder”, disse Alckmin.
Alckmin observa que a disputa presidencial este ano tem candidato do PT e “adoradores do PT e do Lula”.
Ele enfatizou a relação de seus principais adversários na corrida eleitoral com o PT.
“O Ciro foi ministro do Lula. Sempre apoiou o PT e a Dilma. O Henrique Meirelles (MDB) também se vangloria de ter sido presidente do Banco Central do PT. A Marina Silva foi 24 anos filiada ao PT. E agora o Haddad”, afirmou.
Na disputa com Ciro Gomes (PDT), Haddad e Marina Silva (Rede) pelo segundo lugar nas leituras de intenção de voto, o tucano disse haver tempo para conquistar votos.
“Se pegarmos as últimas eleições, as decisões foram mais próximas da data da eleição. A população reflete, compara e decide seu voto”.
Ele avaliou que as pesquisas de intenção de voto mostraram uma disputa pelo segundo lugar e que o quadro eleitoral ainda está em definição para o primeiro turno.
Segundo os últimos levantamentos do Datafolha e do Ibope, o tucano está embolado em segundo lugar com Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e Fernando Haddad (PT).
Jair Bolsonaro (PSL) lidera a disputa em ambas as pesquisas.
Ao lado da vice em sua chapa, senadora Ana Amélia, sua mulher, Lu Alckmin, e do candidato ao governo de Minas pelo PSDB, Antonio Anastasia, Alckmin prometeu reduzir gastos caso assuma o Planalto.
“Não ter mais 30 ministérios, vamos vender avião, helicóptero, reduzir gastos, cortar na carne para poder apertar o cinto do governo, para não apertar o cinto do povo, é o Brasil voltar a crescer”, afirmou, durante ato para correligionários em Contagem.
O candidato também garantiu que, caso seja eleito, o País deve crescer 4% em 2019 sob seu governo.
O tucano prometeu ainda solução para a crise fiscal enfrentada pelo Estado.
“Vou ser parceiro do Estado na renegociação da dívida. Vamos fazer uma reavaliação da questão fiscal. Fazer um bom entendimento para rapidamente poder recuperar a capacidade de investimento deste Estado”, prometeu.
Em Betim, o candidato visitou empresa do setor automotivo.