TRIBUNA PR/YOU TUBE
Olha o japonês!
Policial que ficou famoso na Lava Jato tem sua história contada em livro.
Seis horas da manhã e você está lá na sua cama, curtindo aquele último soninho. Mas o repouso é interrompido pela campainha, ou batidas na porta ou palmas no portão da sua casa.
Alguns ficariam receosos de um assalto. Outros ficariam preocupados, pensando que alguém precisa de ajuda.
Mas uma pequena parcela de endinheirados brasileiros tinha muito a se preocupar e já estavam acordados a essa hora, com uma pequena mala de roupas pronta, só esperando este momento.
Sim, era Newton Ishii, o “Japonês da Federal”, que estava ali para executar o mandado de prisão destes endinheirados, investigados pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF).
Quando se iniciaram as delações premiadas dos investigados, eles sabiam que era questão de tempo para receberem a visita do agente federal.
Newton acaba de virar personagem de um livro: “O Carcereiro – O Japonês da Federal e os presos da Lava Jato”, escrito pelo jornalista Luís Humberto Carrijo.
Nele, o agente conta sobre a convivência que teve com os presos da operação federal. Na obra, fala pouco do momento das prisões, na porta da casa de cada um.
Mas faz muitas revelações do que ouviu de cada um deles, enquanto chefe da carceragem da Superintendência da PF.
Coisas que talvez não tenham sido reveladas formalmente nos processos da Lava Jato, na Justiça Federal.