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Temer diz achar difícil que Dilma resista até o fim do mandato com popularidade tão baixa
Mas acrescenta que não “move uma palha” para tomar o lugar da petista

O vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) afirmou nesta quinta-feira, a respeito dos recordes negativos de popularidade da presidente Dilma Rousseff, que “ninguém vai resistir três anos e meio com esse índice baixo”.
“Se continuar assim, com 7%, 8% de popularidade, de fato fica difícil”, disse a empresários, em palestra promovida em São Paulo pela socialite Rosangela Lyra, do movimento Acorda Brasil, de oposição a Dilma.
Ao mesmo tempo, o peemedebista garantiu que não move “uma palha” para tomar o lugar da petista.
No encontro, Temer também manifestou “apoio pleno” do PMDB ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que hoje, após rumores de que estaria deixando o governo, se reuniu com Dilma e acertou sua permanência – por enquanto.
O vice negou que seu partido queira a saída de Levy.
Ao contrário: “A saída do Levy agora seria muito prejudicial para o País”, afirmou, emendando que reuniu líderes da legenda para pedir “apoio expresso” ao chefe da equipe econômica.
Temer também comentou sua recente declaração sobre a carência de alguém para “reunificar” o país.
O vice disse ter feito o comentário num momento em que era necessário frisar a gravidade da crise.
Ele lembrou que Dilma havia reunido os governadores para falar da atual situação econômica, mas, pouco depois, o Congresso aprovou medidas da chamada pauta-bomba, elevando ainda mais os gastos da União.
Questionado sobre os mecanismos de combate à corrupção, Temer afirmou que não são necessárias novas leis e que a tentativa de criar novos itens na legislação às vezes pode ser demagógica.