GABINETE DEP. WELTER/ROZALDO FINCO
A Assembleia Legislativa aprovou a indicação do deputado Elton Welter (PT) que defende o nome do teólogo Leonardo Boff para integrar a Comissão Nacional da Verdade.
Eles se encontraram nos dias 24 e 25 de novembro, em Foz do Iguaçu, no evento Cultivando Água Boa Rumo à Rio + 20, onde teve a oportunidade de falar pessoalmente dos motivos pelos quais estaria indicando seu nome para a Comissão da Verdade.
“A designação de Leonardo Boff representaria não apenas uma homenagem aos que lutam contra todas as formas de opressão e em defesa dos movimentos sociais de cunho popular libertador, como o Movimento dos Sem Terra e as comunidades eclesiais de base (CEB’s), mas, sobretudo, o reconhecimento a toda uma vida de incansável atividade em defesa da causa dos direitos humanos”, pondera o deputado.
Teólogo da libertação, escritor, professor e conferencista, Boff ajudou a formular uma nova perspectiva dos Direitos Humanos a partir de uma visão latino-americana, entendendo-a como “direito à vida e aos meios de mantê-la com dignidade”.
Cursou Filosofia em Curitiba e Teologia em Petrópolis (RJ). Ingressou na Ordem dos Frades Menores, franciscanos, em 1959.
Durante 22 anos, foi professor de Teologia Sistemática e Ecumênica em Petrópolis, no Instituto Teológico Franciscano. Doutorou-se em Teologia e Filosofia na Universidade de Munique, na Alemanha, em 1970.
Condenado em 1985 pela Sagrada Congregação para a Defesa da Fé a um ano de “silêncio obsequioso”, e deposto de todas as suas funções editoriais e de magistério no campo religioso, Leonardo Boff renunciou às atividades de padre e se autopromoveu ao estado leigo em 1992.
Neste ano, em razão de suas teses ligadas à Teologia da Libertação, foi ameaçado de uma segunda punição.
Foi professor de Teologia e Espiritualidade em vários centros de estudo e universidades no Brasil e no exterior, além de professor-visitante nas universidades de Lisboa (Portugal), Salamanca (Espanha), Harvard (EUA), Basel (Suíça) e Heidelberg (Alemanha).
É autor de mais de 60 livros nas áreas de Teologia, Ecologia, Espiritualidade, Filosofia, Antropologia e Mística.
Comissão da Verdade – A presidente Dilma Rousseff sancionou em 18 de novembro a Lei nº 12.258/2011, que “Cria a Comissão Nacional da Verdade no âmbito da Casa Civil da Presidência da República.”
A Comissão tem a finalidade de “examinar e esclarecer as graves violações de direitos humanos” praticadas no período de 18 de setembro de 1946 a 5 de outubro de 1988, “a fim de efetivar o direito à memória e à verdade histórica e promover a reconciliação nacional.”
Segundo a lei, a Comissão será composta de forma pluralista e integrada por sete membros, designados pela Presidenta da República, “dentre brasileiros, de reconhecida idoneidade e conduta ética, identificados com a defesa da democracia e da institucionalidade constitucional, bem como com o respeito aos direitos humanos”.
Não poderão participar da Comissão os que exerçam cargos executivos em agremiação partidária, com exceção daqueles de natureza honorária; não tenham condições de atuar com imparcialidade no exercício das competências da Comissão; ou estejam no exercício de cargo em comissão ou fun