FOLHA.COM
Com banners que diziam “Chevron: sua sujeira, nosso problema”, ativistas do Greenpeace derramaram na manhã desta sexta-feira tinta guache preta na entrada da sede da petroleira Chevron, na avenida República do Chile, no centro do Rio de Janeiro.
Na manifestação, o grupo acusou a empresa de “negligência” e disse que faltou transparência na hora de anunciar o tamanho do dano ambiental.
“Sem dúvida nenhuma [houve negligência]. A falha geológica já devia ter sido prevista no estudo de impacto ambiental e inclusive mecanismos e medidas de contenção e de riscos em caso de vazamentos deveriam ter sido prontamente realizadas para conter os impactos que muitas vezes podem ser irreversíveis. O que a gente não quer é que a costa brasileira seja no futuro o próximo Golfo do México”, afirmou a coordenadora da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace, Leandra Gonçalves.
A ação do Greenpeace durou cerca de 20 minutos. Com uniformes semelhantes ao da empresa, os ativistas levaram a tinta guache em barris.
Eles também pintaram formas de patas de aves simulando o estrago causado à fauna local pelo vazamento.
“A gente cobra medidas o mais rápido possível, mas sem dúvida nenhuma o principal pedido é transparência e verdade com relação as informações. Já se estima que o vazamento ocorrido no Campo de Frade é maior do que o estimado pela a empresa. Desde o início, a Chevron Brasil faltou com transparência nas informações e no diálogo com a sociedade civil, inclusive omitindo algumas informações”, disse Leandra Gonçalves.
A Polícia Federal informou nesta semana que investiga se a empresa perfurou além do que estava previsto na área de Frade, na bacia de Campos, onde um vazamento de petróleo ocorre há pelo menos dez dias.