GAZETA MARINGÁ
A Justiça de Paraíso do Norte, na região Noroeste do Estado, condenou o pastor de uma igreja evangélica de São Carlos do Ivaí (a 42 quilômetros de Paranavaí) a 14 anos de reclusão em regime inicialmente fechado por abuso sexual contra sua enteada, uma adolescente de 14 anos.
A sentença foi assinada no último dia 3 e divulgada na tarde desta sexta-feira (11) pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR).
A decisão atendeu denúncia criminal proposta em julho deste ano pela Promotoria de Paraíso do Norte.
O caso chegou até o promotor Júlio César da Silva por meio do Conselho Tutelar de São Carlos do Ivaí.
A adolescente também fez queixa do padrasto na escola.
Segundo a assessoria de comunicação do MP, a Promotoria de Justiça e a Polícia Civil recolheram diversas provas, inclusive gravações telefônicas e mensagens de texto de celular que provavam a culpa do réu.
Ele teria confessado que mantinha relações sexuais com a jovem quando a mãe da menina estava ausente.
A menina começou a ser violentada quando tinha 13 anos e relatou que o padrasto a espancava e ameaçava.
“A materialidade dos crimes restou comprovada. A autoria é certa e recai sobre a pessoa do réu, que confessou ter mantido várias relações sexuais com a enteada”, destaca o juiz Gustavo Adolpho Perioto na sentença.
Por se tratar de um crime hediondo, a Justiça ainda determinou que o pastor não tem direito de apelar da sentença em liberdade.
Ele está preso em Paraíso do Norte e deve ser transferido para uma Penitenciária do Estado.
O réu pode recorrer da decisão judicial.