Por Milton Alves*
A nova logomarca do governo federal, apresentada na última quinta-feira (10/2), com o slogan “País rico é país sem pobreza“, expressa o compromisso firmado pela presidenta Dilma Rousseff, logo após vencer as eleições, que é dar prioridade à erradicação da miséria e a redução da pobreza no País.
Trata-se de uma arrojada meta a ser alcançada com o aprofundamento das políticas públicas inclusivas, fortes programas sociais, valorização do trabalho e redistribuição, continuada e permanente, de renda.
E o mais importante: com uma política econômica de aceleração dos investimentos nas áreas sociais, de infraestrutura e da adoção de reformas estruturantes – política, educacional, tributária, agrária.
Portanto, o objetivo do governo federal de erradicar a miséria aponta para o avanço, no entanto, as pressões de cunho fiscalista via juros altos, contenção do crédito e ajuste fiscal, sob a justificativa do combate à inflação e a “gastança do governo”, revelam impasses e hesitações na implementação de uma política livre das amarras da ortodoxia monetarista, que apenas favorece a ciranda da especulação e do rentismo, drenando recursos vitais para o desenvolvimento do país.
Nos dois extremos do cabo-de-guerra estão interesses distintos e antagônicos. A disputa de rumos só começou e neste processo também contamos com o compromisso do governo para que a corda não arrebente do lado onde está o povo trabalhador.
Neste sentido, as divergências em torno do salário mínimo são emblemáticas e reveladoras dessa disputa. Um primeiro round.
*Milton Alves é presidente estadual do PCdoB-PR e membro da direção nacional do partido.
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