RENOVA MÍDIA
PF segue rastro de hacker russo denunciado pelo Pavão Misterioso
Autoridades brasileiras seguem no encalço dos criminosos que violaram as conversas mantidas entre Moro e integrantes da Lava Jato
As investigações preliminares da Polícia Federal já identificaram conexões no Brasil, em especial em Santa Catarina, e no exterior, com o suposto envolvimento de agentes na Rússia e até em Dubai, nos Emirados Árabes.
Segundo agentes ouvidos, a PF pode estar perto de alcançar os responsáveis pelo hackeamento ilegal, o que, se confirmado, constituiria uma bomba capaz de provocar uma reviravolta no caso.
As pistas da principal linha de investigação levam à Rússia. É onde reside o americano Edward Snowden, notório aliado do ativista de esquerda Glenn Greenwald, dono do site The Intercept Brasil, responsável pelo vazamento das mensagens hackeadas.
Na última semana, o nome do hacker russo Evgeniy Mikhailovich Bogachev, de 33 anos, veio à tona pela primeira vez através de um perfil no Twitter chamado Pavão Misterioso.
Está confirmado que a PF segue sim o rastro da pista, considerada importante pelos agentes hoje à frente do caso.
Criador do vírus Cryptolocker e do ardiloso código Zeus, Bogachev é procurado pelo FBI americano por crimes cibernéticos.
Um rastreamento identificou que Slavic ou “lucky12345”, como é conhecido, teria recebido US$ 308 mil na moeda virtual Bitcoin.
Resta saber se o depósito foi realmente a contrapartida financeira por ele ter participado do processo de quebra do sigilo telefônico dos procuradores.
O dinheiro teria circulado pelo Panamá antes de chegar a Anapa, na Rússia, onde foi transformado em rublos.
Segundo a PF, indícios indicam que Bogachev, que é uma espécie de laranja no esquema, possa estar ligado a Snowden.
Um relatório de segurança da Ucrânia aponta que “lucky12345” atua sob a supervisão de uma unidade da espionagem russa.