CONTRAPONTO/CELSO NASCIMENTO
Bretas pode ser o ministro evangélico do STF
Ao dizer que o Supremo Tribunal Federal (STF) bem que poderia ter um ministro evangélico, o presidente Jair Bolsonaro envia o sinal de que poderá nomear o juiz federal carioca Marcelo Bretas, de quem se tornou bastante próximo.
Bretas já se manifestou diversas vezes nas redes em apoio ao presidente.
O magistrado atua desde 2015 na 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, tendo competência para julgar casos envolvendo crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem ou ocultação de bens, e ganhou notoriedade ao julgar casos relacionados à Operação Lava Jato no Rio.
Criado em família evangélica, Bretas frequenta a Comunidade Evangélica Internacional da Zona Sul e tem um irmão pastor.
O magistrado citou um versículo da Bíblia na decisão que autorizou a prisão do ex-governador Sérgio Cabral pela Operação Calicute, em novembro de 2016.
Acusado de julgar sob égide religiosa, diz separar trabalho e religião, mas com a Bíblia sempre a mão para consultas.
Bretas também é viciado em exercícios físicos e costuma praticar tiro ao alvo.
Durante o mandato de 4 anos, Bolsonaro poderá fazer duas indicações ao STF. A próxima vaga será aberta em 2020, quando o ministro Celso de Mello completará 75 anos e deve ser aposentado compulsoriamente.
No ano seguinte, será a vez de o ministro Marco Aurélio deixar a Corte.
Assim, a primeira vaga seria do ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, e a segunda, de Bretas.