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Recessão eliminará 1 milhão de empregos somente em 2015
Fora de controle, crise econômica avança
Segundo as últimas estimativas de consultorias econômicas e órgãos oficiais, a crise pode fazer com que o País termine o ano de 2015 com 1 milhão de vagas formais a menos do que começou.
“Dado à intensificação da crise, é possível que o ano se encerre com destruição total superior a um milhão de empregos formais”, afirma um documento recente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vinculado à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência.
A GO Associados e um estudo realizado no início do mês passado pelo Conselho Federal de Economia (Cofecon) também preveem saldo negativo de 1 milhão de vagas.
A estimativa da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN) é de perda entre 1,17 milhão e 1,16 milhão.
De acordo com a LCA Consultores, o número é ainda maior: cerca de 1,2 milhão de vagas formais.
Também é o pior resultado da série histórica do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que começou em 1992.
Em termos relativos, o fim de 3% a 4% do total de vagas formais é próxima do que ocorreu em 1998, quando 581 mil foram eliminadas (cerca de 3% do estoque de trabalho na época, que dobrou desde então).
O processo de piora do mercado de trabalho vem acontecendo de forma acelerada desde o começo do ano.
O saldo de criação de vagas formais caiu todos os anos desde 2010, mas 2014 ainda teve resultado positivo.
Quando se olha o acumulado dos últimos doze meses, até julho de 2015, encerraram-se 850 mil postos – pior número desde o começo da série em 1996.
Além disso, conforme o IBGE, cerca de 8,3 milhões de brasileiros procuram emprego e não encontram.
A taxa de desemprego pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME) em 6 capitais pulou de 5,3% em janeiro para 7,5% em julho, maior patamar em 5 anos.
A taxa de desemprego pela PNAD Contínua foi de 7,9% no 1º trimestre para 8,3% no 2º trimestre.
O Ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias (PDT), declarou não acreditar em uma volta para os dois dígitos.