FOLHA DE SÃO PAULO
Desde a manhã desta terça-feira (22), placas de identificação dos locais fiscalizados com radares móveis chamam a atenção de quem passa pelas avenidas monitoradas em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo).
Foi a forma que um advogado multado encontrou para protestar contra os equipamentos, monitorados pela Transerp (Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto).
O advogado que prefere ser identificado apenas pelo primeiro nome, Acácio, teve a ideia de pagar R$ 100 por dia para cada um dos dois homens que seguram placas vermelhas com a inscrição “Radar Móvel”.
Hoje, as duas placas ficaram durante a manhã na avenida Presidente Vargas, cerca de 50 m distantes do radar.
Silva Junior/Folhapress | ||
![]() |
||
Marcos Antonio Alves, contratado por advogado, segura placa avisando de radar móvel em avenida de Ribeirão |
“Vou manter as placar por uma semana ou mais, não sei se todos os dias”, disse o advogado, que afirmou ter sido multado em uma avenida da zona sul da cidade.
“Eu não sei se estava acima da velocidade permitida, o fato é que os radares ficam escondidos. É uma vergonha. Não existe quem fiscaliza.”
Para o advogado, a intenção da manifestação é criar a cultura de sinalização dos radares e a implantação de um órgão fiscalizador dos agentes de trânsito e seus equipamentos.
Marco Antônio Alves, um dos contratados, disse que apoia a campanha e que ficará ao lado do radar o dia todo. “Só paramos para almoçar ou para necessidades básicas.”
O outro contratado, Mauro Pedro, afirmou que fica feliz com o reconhecimento dos motoristas. “Todo mundo passa buzinando, fotografando. Eu mesmo já levei multa e sei que estou ajudando bastante gente.”
OUTRO LADO
A Transerp informou que mantém placas com a inscrição “velocidade máxima permitida” em locais em que pode haver radar.
A assessoria de imprensa da empresa municipal, em nota, diz que “reitera a importância da utilização dos equipamentos eletrônicos como forma de coibir o excesso de velocidade, que, em muitos casos, é o responsável pela ocorrência de acidentes, inclusive aqueles de natureza grave”.
Na nota, a Transerp ainda diz que “tem o dever de zelar pela segurança no trânsito e, como tal, compete-lhe fiscalizar infrações de velocidade, por meio dos referidos equipamentos”.