AGÊNCIA ESTADO
A nova ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres, Eleonora Menicucci, afirmou nesta terça-feira (7) que sua posição pessoal sobre o aborto não vem mais ao caso.
“A partir do convite da presidente Dilma eu sou governo e minha posição é de governo.” A ministra, que ao longo de sua vida falou diversas vezes ser favorável à descriminalização da interrupção da gravidez.
“Eu não seria eu se não reafirmasse”, disse. Mas, agora, assegura que o assunto está nas mãos do Legislativo. “O Executivo não tem o que fazer.”
As declarações estampam o cuidado com o qual o tema será tratado na sua gestão.
Embora tenha enfatizado hoje, durante sua primeira entrevista coletiva, que o aborto inseguro é uma das maiores causas de morte materna no País, um problema de saúde pública equivalente a tantos outros como aids ou dengue – a futura ministra adota o tom da presidente Dilma Rousseff.
Durante a campanha, reagindo a pressões de setores religiosos, Dilma, então candidata, teve de amenizar o discurso e fazer um compromisso de que não adotaria nenhuma medida para incentivar a mudança das regras do aborto no País.
A futura ministra reconheceu que o projeto enviado pelo Executivo ao Congresso sobre o tema está na gaveta, mas evitou qualquer comentário sobre uma eventual pressão de líderes de governo para retomar o assunto.
Para ela, cabe à sociedade civil retomar a discussão e pressionar parlamentares. “Claro que a questão não é unânime e o debate tem de ser feito de maneira respeitosa.”
Eleonora também evitou engrossar críticas à Medida Provisória que cria cadastro para gestantes – um registro, que, para feministas, significa uma perigosa brecha para inibir o aborto e responsabilizar gestantes.
Para a ministra, Eleonora, o conflito já foi resolvido com a mudança feita pelo governo no texto da MP. Na versão original, havia uma referência aos direitos do nascituro, retirado na revisão.
“Esse assunto sai do ministério. A presidente já se manifestou no Fórum Social Temático e fez uma redação, corretíssima, em retirar a palavra nascituro. Assim que se faz política.”
9 de fevereiro de 2012
Tirar a vida de alguem, ainda mais uma indefesa no ventre de sua mãe é o maior crime que pode ser cometido por um ser humano pode cometer. Seja qual for a situação da vida de alguém, ou de uma mulher gravida, ninguem tem o direito de tirar a vida.
Tomara que a nova Herodes possa mudar de idéia, e não ser instrumento do demonio como foi Herodes de matar as criancinhas.